Bárbara Scarpa
Fonte: Guilherme Mazui, G1.com, (adaptado), 28/10/2018
O que era piada, tornou-se realidade. Jair Messias Bolsonaro, do PSL, foi eleito o 38º presidente da República no domingo (28) ao derrotar em segundo turno o candidato Fernando Haddad, do PT.
A vitória foi confirmada com 94,44% das seções apuradas,quando Bolsonaro alcançou 55.205.640 votos (55,54% dos válidos) e não podia mais ser ultrapassado por Haddad, que naquele momento somava 44.193.523 (44,46%). Com 100% das seções apuradas, Bolsonaro recebeu 57,7 milhões de votos e Haddad, 47,7 milhões de votos.
Ao todo, 31,3 milhões de eleitores não compareceram às urnas. Isso demonstra como a população está desacreditada nos políticos. Somando os votos nulos e brancos com as abstenções, houve um contingente de 42,1 milhões de eleitores que não escolheram nenhum candidato, cerca de um terço do total.
No discurso da vitória, Bolsonaro afirmou que o novo governo será um “defensor da Constituição, da democracia e da liberdade”.
Aos 63 anos, deputado federal desde 1991, e dono de uma extensa lista de declarações polêmicas, Bolsonaro materializou em votos o apoio que cultivou e ampliou a partir das redes sociais para obter o mandato de presidente de 2019 a 2022.
Na campanha, por meio das mídias socias e do aplicativo de mensagens WhatsApp, apostou em um discurso conservador nos costumes, preconceituoso, de aceno liberal na economia, de linha dura no combate à corrupção e à violência urbana e opositor do PT e da esquerda.
Com isso, tornou-se um “mito” eleitoral ao vencer a corrida presidencial sem alianças formais com grandes partidos, não ter participado de nenhum debate com a justificativa de que não estava apto por conta da facada que sofreu durante ato de campanha em Juiz de Fora (06/09) e pouco tempo na propaganda eleitoral de rádio e TV.
Filhos na política:Carlos, Flávio, Jair e Eduardo Bolsonaro
Foto:metropoles.com
Paulo Guedes assumiu o papel de embaixador de Bolsonaro junto ao mercado financeiro, e os generais ajudaram a conter resistências ao nome do capitão nas Forças Armadas. Políticos também apoiaram Bolsonaro, a exemplo do deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), já anunciado como ministro da Casa Civil no novo governo.
Dentre as propostas de Bolsonaro estão:
- a redução do número de ministérios dos atuais 29 para cerca de 15, com cortes de cargos;
- fim das indicações políticas;
- redução da carga tributária e desburocratização;
- privatização ou extinção de estatais;
- reforma política e o fim da reeleição;
- redução da maioridade penal;
- garantia de retaguarda jurídica de “excludente de ilicitude” para civis e policiais
Entre outras propostas que iremos conhecer a partir de 2019 até 2022.
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