A onda das notícias falsas é preocupante e os usuários de WhatsApp precisam ficar mais atentos
![]() |
Fake News: eleita a palavra do ano, pelo dicionário inglês da editora Collins Foto: noticias.yahoo.com |
Por
Bárbara Scarpa
barbara.scarpa.framil@gmail.com
Em
época de eleições, o assunto mais comentado na mídia e em conversas com amigos são
as famosas Fake News. Recentemente, a
Folha de São Paulo descobriu que empresários têm bancado a compra de
distribuição de mensagens em massa contra o PT por WhatsApp (clique aqui para saber mais) A maior parte da proliferação de notícias falsas acontece
em época de eleição, e é importante saber como identificá-las.
Não
é à toa que Fake News foi eleita a palavra do ano, mesmo não sendo uma palavra pelo
dicionário inglês da editora Collins. Como as pessoas procuram saber se a
notícia recebida pelo WhatsApp é
verdadeira? Será que elas acreditam nas mensagens enviadas por amigos no
aplicativo?
Segundo
Elisa Soupin, 29 anos, apuradora da TV GLOBO, “os grupos de WhatsApp podem ser fontes muito boas e
costumam ajudar porque é onde circula muita informação sobre tiroteios, arrastões,
assaltos. Mas muitas dessas mensagens são falsas.” Ela também informou “a gente
dá o número durante o jornal e as pessoas mandam muitas informações para nós.”
As
notícias transmitidas em telejornais, por exemplo, são sempre apuradas e
revisadas antes de serem passadas na tv, como diz Elisa “Notícia boa é notícia
no ar”, mas e as notícias informais que recebemos via WhatsApp? Essa é uma questão problemática.
Vemos muitas pessoas
acreditarem veemente em tudo que é espalhado por esse aplicativo. Para Cássia
Chaffin, jornalista e psicóloga “O ser humano é crente. Ele precisa acreditar
em alguma coisa. As pessoas tomam um discurso como se fosse verdade de uma
maneira muito rápida. Essa necessidade de acreditar em alguma coisa é
intrinsicamente humana.”
Vivemos
na era da tecnologia, e recebemos diversos conteúdo com muita velocidade. E na
maioria das redes sociais, podemos seguir uma página de jornal, ou um blog de
jornalismo independente. Boa parte dos usuários das redes sociais seguem
páginas de jornalismo, como é o caso de Angelo Bruno, 24 anos, formado em
economia pela UFRJ, “Costumo ler jornais e revistas como: O Globo, Extra, Folha
de SP; TV: Globo News e Rede Globo; Internet: Twitter e sites como G1”. Já Rejane Grivot, 75 anos, autônoma,
“Leio o jornal O Globo, a revista Veja e assisto ao Globo News, às vezes vejo o
Jornal da Globo e não tenho celular, mas meus vizinhos me contam várias
notícias que recebem pelo WhatsApp.”
Rejane Grivot tem o costume de ler seu jornal diariamente Foto: Bárbara Scarpa |
Rejane
Grivot, lê o jornal impresso O Globo todos os dias e pondera “eu acredito mais
ou menos nos jornais e já li muitas notícias falsas de políticos”. O
economista, Angelo Bruno, diz “Uma vez li uma notícia falsa e acreditei, mas
logo depois descobri que era mentira. Geralmente analiso a fonte da notícia e
procuro no Google o assunto para saber se é verdade.”
As
notícias falsas, na maioria das vezes, transmitidas por WhatsApp, pode ocasionar danos na vida de uma pessoa. Para as
pessoas não acreditarem em tudo que elas recebem “um grande segredo é você ter
sempre um desconfiômetro, se você recebe uma notícia da qual não tem certeza,
procura em veículos grandes, como Extra, Globo, Folha de São Paulo. Se nenhum
grande veículo confirmou, você tem que ficar minimamente desconfiado, porque só
a notícia do WhatsApp não é nada”,
pontua Elisa Soupin.
Para
identificarmos se uma notícia é real, é sempre bom lê-la inteira e procurar
saber se a fonte é de veículo confiável ou não. Sabe aquela mensagem que te
mandaram no WhatsApp falando que tal
político fez tal coisa e você não tem certeza se aconteceu? Uma
dica fácil pode ser antes de repassá-las buscar na internet se algum site de
jornalismo reconhecido publicou algo sobre o assunto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário