segunda-feira, 19 de novembro de 2018

FAKE NEWS: COMO SABER A VERACIDADE DAS NOTÍCIAS?

A onda das notícias falsas é preocupante e os usuários de WhatsApp precisam ficar mais atentos

Fake News: eleita a palavra do ano,  pelo dicionário inglês da editora Collins
Foto: noticias.yahoo.com

Por Bárbara Scarpa
barbara.scarpa.framil@gmail.com

Em época de eleições, o assunto mais comentado na mídia e em conversas com amigos são as famosas Fake News. Recentemente, a Folha de São Paulo descobriu que empresários têm bancado a compra de distribuição de mensagens em massa contra o PT por WhatsApp (clique aqui para saber maisA maior parte da proliferação de notícias falsas acontece em época de eleição, e é importante saber como identificá-las.

Não é à toa que Fake News foi eleita a palavra do ano, mesmo não sendo uma palavra pelo dicionário inglês da editora Collins. Como as pessoas procuram saber se a notícia recebida pelo WhatsApp é verdadeira? Será que elas acreditam nas mensagens enviadas por amigos no aplicativo?

Segundo Elisa Soupin, 29 anos, apuradora da TV GLOBO, “os grupos de WhatsApp podem ser fontes muito boas e costumam ajudar porque é onde circula muita informação sobre tiroteios, arrastões, assaltos. Mas muitas dessas mensagens são falsas.” Ela também informou “a gente dá o número durante o jornal e as pessoas mandam muitas informações para nós.”

As notícias transmitidas em telejornais, por exemplo, são sempre apuradas e revisadas antes de serem passadas na tv, como diz Elisa “Notícia boa é notícia no ar”, mas e as notícias informais que recebemos via WhatsApp? Essa é uma questão problemática. 

Vemos muitas pessoas acreditarem veemente em tudo que é espalhado por esse aplicativo. Para Cássia Chaffin, jornalista e psicóloga “O ser humano é crente. Ele precisa acreditar em alguma coisa. As pessoas tomam um discurso como se fosse verdade de uma maneira muito rápida. Essa necessidade de acreditar em alguma coisa é intrinsicamente humana.”

Vivemos na era da tecnologia, e recebemos diversos conteúdo com muita velocidade. E na maioria das redes sociais, podemos seguir uma página de jornal, ou um blog de jornalismo independente. Boa parte dos usuários das redes sociais seguem páginas de jornalismo, como é o caso de Angelo Bruno, 24 anos, formado em economia pela UFRJ, “Costumo ler jornais e revistas como: O Globo, Extra, Folha de SP; TV: Globo News e Rede Globo; Internet: Twitter e sites como G1”. Já Rejane Grivot, 75 anos, autônoma, “Leio o jornal O Globo, a revista Veja e assisto ao Globo News, às vezes vejo o Jornal da Globo e não tenho celular, mas meus vizinhos me contam várias notícias que recebem pelo WhatsApp.”

Rejane Grivot tem o costume de ler seu jornal diariamente
Foto: Bárbara Scarpa

Rejane Grivot, lê o jornal impresso O Globo todos os dias e pondera “eu acredito mais ou menos nos jornais e já li muitas notícias falsas de políticos”. O economista, Angelo Bruno, diz “Uma vez li uma notícia falsa e acreditei, mas logo depois descobri que era mentira. Geralmente analiso a fonte da notícia e procuro no Google o assunto para saber se é verdade.”

As notícias falsas, na maioria das vezes, transmitidas por WhatsApp, pode ocasionar danos na vida de uma pessoa. Para as pessoas não acreditarem em tudo que elas recebem “um grande segredo é você ter sempre um desconfiômetro, se você recebe uma notícia da qual não tem certeza, procura em veículos grandes, como Extra, Globo, Folha de São Paulo. Se nenhum grande veículo confirmou, você tem que ficar minimamente desconfiado, porque só a notícia do WhatsApp não é nada”, pontua Elisa Soupin.

Para identificarmos se uma notícia é real, é sempre bom lê-la inteira e procurar saber se a fonte é de veículo confiável ou não. Sabe aquela mensagem que te mandaram no WhatsApp falando que tal político fez tal coisa e você não tem certeza se aconteceu? Uma dica fácil pode ser antes de repassá-las buscar na internet se algum site de jornalismo reconhecido publicou algo sobre o assunto.



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