Poderia ser só mais uma blogueira, mas é o primeiro presidente eleito através das mídias sociais
quinta-feira, 22 de novembro de 2018
quarta-feira, 21 de novembro de 2018
O CAIXA 2 DE BOLSONARO
Empresários compraram pacotes de mensagens de Whatsapp para difamar o PT e favorecer Boslsonaro
Fonte: Reuters, exame.abril.com (adaptado), 18/10/2018
O PT entrou com um pedido para que a Polícia
Federal investigue a suspeita de práticas ilícitas no uso de redes sociais por
parte da campanha do candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, incluindo
denúncia de que empresas estariam pagando pelo envio de mensagens em defesa do
candidato.
Na sua edição desta quinta-feira, o jornal Folha de S. Paulo
revela que empresários têm bancado a compra de distribuição de mensagens contra
o PT por Whatsapp, em uma prática que
se chama pacote de disparos em massa de mensagens, e estariam preparando uma
operação para a próxima semana, antes do segundo turno.
Segundo o jornal, cada pacote de disparos em massa custaria
cerca de 12 milhões de reais, para o envio de centenas de milhões de mensagens.
Ao menos quatro empresas podem ter usado essa prática, segundo o jornal.
A prática pode ser considerada doação de empresas por meio
de serviços, o que é proibido pela legislação eleitoral, e não declarada, o que
configura caixa 2.
Em entrevista à rádio Tupi nesta manhã, o candidato do PT à
Presidência, Fernando Haddad, afirmou que a campanha de Bolsonaro “criou uma
verdadeira organização criminosa com empresários que, mediante caixa 2,
dinheiro sujo, estão patrocinando mensagens mentirosas no Whatsapp”.
“Nós vamos pedir providências para a Justiça Eleitoral e
para a Polícia Federal para que esses empresários corruptos sejam imediatamente
presos para parar com essas mensagens de WhatsApp. Já tem nome de empresário,
já tem nome de empresa, já tem contrato, o valor pago mediante caixa 2, o que é
crime eleitoral”, disse Haddad.
“Nós vamos para a Justiça eleitoral impedir o deputado
Bolsonaro de violentamente agredir a democracia como ele fez a vida inteira,
nunca respeitou a democracia e não está respeitando nesse momento. Fazer
conluio com dinheiro para violar a vontade popular é crime.”
No pedido feito à PF na quarta-feira, o PT solicita a
investigação em relação à utilização deliberada de notícias sabidamente falsas
(fake news), doação não declarada
de verbas do exterior, propaganda eleitoral paga na internet e, por fim, a
utilização indevida do WhatsApp. O pedido, no entanto, foi feito antes da
revelação da Folha de S. Paulo. Agora, de acordo com a campanha petista, deve
incluir a reportagem.
“Os métodos criminosos do deputado Jair Bolsonaro são
intoleráveis na democracia. As instituições brasileiras têm a obrigação de agir
em defesa da lisura do processo eleitoral”, disse o partido, em nota, nesta
quinta-feira. “O PT levará essas graves denúncias a todas as instâncias no
Brasil e no mundo. Mais do que o resultado das eleições, o que está em jogo é a
sobrevivência do processo democrático.”
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Bolsonaro e Haddad na disputa das eleições presidenciais de 2018 Foto: brasil247.com |
De acordo com o advogado Guilherme Salles Gonçalves,
especialista em Direito Eleitoral e membro fundador da Academia Brasileira de Direito
Eleitoral e Político, a prática revelada pelo jornal pode ser enquadrada como
um caso clássico de caixa 2 eleitoral, com agravantes e poderia levar à
cassação da chapa de Bolsonaro.
“É um caso clássico de caixa 2 duplamente qualificado.
Primeiro é um caso de gasto a favor da candidatura vindo fora do orçamento da
campanha. Depois, é feito por fonte vedada. A decisão do Supremo Tribunal
Federal proibiu doação de empresa a partidos e candidatos em qualquer momento,
sobretudo em campanha eleitoral”, explicou. “A punição não tem gradação. Ou
cassa ou não pune.”
Mesmo que as doações fossem feitas como pessoa física, o
advogado explica ainda que a doação de serviços só pode ser realizada por algo
que a própria pessoa possa oferecer -seus serviços ou de sua própria empresa. A
compra de serviço de terceiros é vedada. Além disso, explica, mesmo que
Bolsonaro alega desconhecimento dos fatos, a responsabilização é objetiva e
mede a influência que a ação pode ter no resultado da eleição.
O advogado acrescenta ainda que o Whatsapp se enquadra nas
regras de uso das redes sociais. Ou seja, eleitores não podem pagar por
impulsionamento e nem fazer propaganda disfarçada de um candidato.
Sabendo da proliferação de fake news, o candidato do PSL liderava nas pesquisas com notícias falsas à seu favor e com criações de fake news do candidato do PT. Vale ressaltar a importância da verificação das fontes de notícia (leia mais sobre aqui) e ficar de olho em mensagens encaminhadas do Whatsapp, como correntes e áudios de pessoas desconhecidas.
terça-feira, 20 de novembro de 2018
A LUTA DE MARIELLE CONTINUA
Nessas eleições, o Congresso Nacional terá 74 mulheres entre os 513 parlamentares eleitos
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As candidatas eleitas no Rio de Janeiro dos partidos PSOL e PT Foto: hypeness.com |
Bárbara Scarpa
Fonte: Redação hypeness, hypeness.com (adaptado),
08/10/2018
Se tem uma notícia boa em meio ao caos das eleições de
2018, ela mora na conquista de mulheres negras.
Apesar da eleição de deputados defensores do porte de
armas, da redução da maioridade penal e com histórico de posturas machistas,
representantes do povo negro nas esferas estaduais e federais acendem um fio
esperança nos corações dos que acreditam em um futuro melhor para o Brasil.
Isso mostra que a luta de Marielle Franco: mulher negra e a
quinta vereadora mais votada no Rio de Janeiro, não foi em vão. Marielle foi
assassinada há 7 meses e até hoje não se sabe quem foi o responsável. A
ineficiência do Estado é enorme, mas isso não impede que sementes plantadas por
ela germinem e deem frutos.
No Rio de Janeiro, terra de Marielle Franco, Talíria
Petrone foi eleita a nona deputada federal mais votada no Rio. Ela foi vereadora
com trabalho destacado em Niterói e representará mulheres negras no Congresso
Nacional.
Em São Paulo, Erica Malunguinho se tornou a primeira mulher
transexual a ocupar uma cadeira na Assembleia Legislativa paulista. Antes mesmo
de assumir o cargo, a agitadora cultural se tornou um símbolo da luta pela
diversidade. Malunguinho é administradora do quilombo negro Aparelha Luzia.
Erika Hilton, mulher negra formada em gerontologia pela
Universidade Federal de São Carlos, foi eleita como membra da bancada ativista
do PSOL em São Paulo. Ao lado de nove pessoas, ela vai fiscalizar e propor
novos rumos para a política paulista, especialmente contra o preconceito de
gênero.
Leci Brandão é carioca, mas adotou São Paulo. A sambista
está novamente garantida como deputada estadual. Com trabalho reconhecido em
prol das mulheres negras e em especial de defesa do povo de Candomblé, Leci é
filiada ao PCdoB.
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“Quiseram te enterrar, mas não sabiam que eras semente.” definiu PSOL sobre Marielle Franco Foto: brasil247.com |
Em Minas Gerais, a notícia de que Áurea Carolina vai ser outra voz combativa em Brasília, enche de orgulho. A socióloga foi a mulher com o maior número de votos entre candidatos mineiros.
No estado mais negro da nação, Bahia, Olívia Santana fez
história ao se tornar a primeira mulher negra eleita deputada estadual. A
pedagoga formada pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), foi vereadora
durante 10 anos em Salvador. Santana recebeu mais de 55 mil votos.
Ainda, Benedita da Silva chegou a ser agredida por
simpatizantes de Jair Bolsonaro durante a campanha, mas foi eleita. A
ex-governadora do Rio de Janeiro segue em Brasília com deputada federal,
reforçando a representatividade de mulheres negras.
A notícia mais bonita fica para o final. Renata Souza e
Mônica Francisco, ex-chefe de gabinete e assessora de Marielle Franco,
respectivamente, se elegeram deputadas estaduais no Rio de Janeiro.
Agora, o Congresso Nacional vai ter 74 mulheres entre os
513 parlamentares eleitos. Em 2014, eram apenas 51. Os números ainda são
baixos, mas a presença de mulheres negra nos âmbitos federais e estaduais,
reafirmam o compromisso da luta de Marielle Franco.
segunda-feira, 19 de novembro de 2018
FAKE NEWS: COMO SABER A VERACIDADE DAS NOTÍCIAS?
A onda das notícias falsas é preocupante e os usuários de WhatsApp precisam ficar mais atentos
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Fake News: eleita a palavra do ano, pelo dicionário inglês da editora Collins Foto: noticias.yahoo.com |
Por
Bárbara Scarpa
barbara.scarpa.framil@gmail.com
Em
época de eleições, o assunto mais comentado na mídia e em conversas com amigos são
as famosas Fake News. Recentemente, a
Folha de São Paulo descobriu que empresários têm bancado a compra de
distribuição de mensagens em massa contra o PT por WhatsApp (clique aqui para saber mais) A maior parte da proliferação de notícias falsas acontece
em época de eleição, e é importante saber como identificá-las.
Não
é à toa que Fake News foi eleita a palavra do ano, mesmo não sendo uma palavra pelo
dicionário inglês da editora Collins. Como as pessoas procuram saber se a
notícia recebida pelo WhatsApp é
verdadeira? Será que elas acreditam nas mensagens enviadas por amigos no
aplicativo?
Segundo
Elisa Soupin, 29 anos, apuradora da TV GLOBO, “os grupos de WhatsApp podem ser fontes muito boas e
costumam ajudar porque é onde circula muita informação sobre tiroteios, arrastões,
assaltos. Mas muitas dessas mensagens são falsas.” Ela também informou “a gente
dá o número durante o jornal e as pessoas mandam muitas informações para nós.”
As
notícias transmitidas em telejornais, por exemplo, são sempre apuradas e
revisadas antes de serem passadas na tv, como diz Elisa “Notícia boa é notícia
no ar”, mas e as notícias informais que recebemos via WhatsApp? Essa é uma questão problemática.
Vemos muitas pessoas
acreditarem veemente em tudo que é espalhado por esse aplicativo. Para Cássia
Chaffin, jornalista e psicóloga “O ser humano é crente. Ele precisa acreditar
em alguma coisa. As pessoas tomam um discurso como se fosse verdade de uma
maneira muito rápida. Essa necessidade de acreditar em alguma coisa é
intrinsicamente humana.”
Vivemos
na era da tecnologia, e recebemos diversos conteúdo com muita velocidade. E na
maioria das redes sociais, podemos seguir uma página de jornal, ou um blog de
jornalismo independente. Boa parte dos usuários das redes sociais seguem
páginas de jornalismo, como é o caso de Angelo Bruno, 24 anos, formado em
economia pela UFRJ, “Costumo ler jornais e revistas como: O Globo, Extra, Folha
de SP; TV: Globo News e Rede Globo; Internet: Twitter e sites como G1”. Já Rejane Grivot, 75 anos, autônoma,
“Leio o jornal O Globo, a revista Veja e assisto ao Globo News, às vezes vejo o
Jornal da Globo e não tenho celular, mas meus vizinhos me contam várias
notícias que recebem pelo WhatsApp.”
Rejane Grivot tem o costume de ler seu jornal diariamente Foto: Bárbara Scarpa |
Rejane
Grivot, lê o jornal impresso O Globo todos os dias e pondera “eu acredito mais
ou menos nos jornais e já li muitas notícias falsas de políticos”. O
economista, Angelo Bruno, diz “Uma vez li uma notícia falsa e acreditei, mas
logo depois descobri que era mentira. Geralmente analiso a fonte da notícia e
procuro no Google o assunto para saber se é verdade.”
As
notícias falsas, na maioria das vezes, transmitidas por WhatsApp, pode ocasionar danos na vida de uma pessoa. Para as
pessoas não acreditarem em tudo que elas recebem “um grande segredo é você ter
sempre um desconfiômetro, se você recebe uma notícia da qual não tem certeza,
procura em veículos grandes, como Extra, Globo, Folha de São Paulo. Se nenhum
grande veículo confirmou, você tem que ficar minimamente desconfiado, porque só
a notícia do WhatsApp não é nada”,
pontua Elisa Soupin.
Para
identificarmos se uma notícia é real, é sempre bom lê-la inteira e procurar
saber se a fonte é de veículo confiável ou não. Sabe aquela mensagem que te
mandaram no WhatsApp falando que tal
político fez tal coisa e você não tem certeza se aconteceu? Uma
dica fácil pode ser antes de repassá-las buscar na internet se algum site de
jornalismo reconhecido publicou algo sobre o assunto.
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